Por Bárbara Cristovão
Atualizado em 08.09.23
Há lugares no nosso planeta que impressionam, seja por sua beleza, seja por sua excentricidade. Nesse quesito, todos os continentes têm recantos, em sua maioria, naturais, que nos deixam questionando se eles são mesmo reais ou não.
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São cenários que parecem pinturas, formações rochosas esculpidas pela erosão, águas de colorações inacreditáveis e paisagens tão estranhas que parecem ser de qualquer outro planeta menos o nosso. Conheça um pouco mais sobre esses lugares de deixar qualquer um boquiaberto: quem sabe a sua próxima viagem não será para um deles?
O fenômeno que forma bolhas congeladas no Lago Abraham acontece porque as plantas aquáticas do leito do rio soltam gás metano, o qual congela ao chegar perto da superfície. Assim, uma bolha vai acumulando abaixo da outra durante o inverno.
As dunas pintadas do Parque Nacional de Lassen Volcanic são campos de pedra-pomes multicoloridas, formadas pela oxidação de cinzas vulcânicas expelidas em erupções de centenas de anos atrás.
A Onda é uma formação geológica de arenito, que faz parte do Coyote Buttes, região de penhascos e cânions. Devido à fragilidade das formações, que podem sofrer grandes impactos com um alto número de turistas, são permitidas apenas 20 pessoas por dia visitando o Coyote Buttes.
A Grande Fonte Prismática, no Parque Nacional de Yellowstone, é a maior fonte termal dos EUA. Em fontes termais, emergem águas naturalmente de temperatura mais elevada. As cores vivas das águas da Grande Fonte Prismática são formadas por comunidades de bactérias e algas que habitam ambientes extremos e crescem ao redor da água rica em minerais.
Com quase quatro mil degraus, a 850 metros de altitude no alto da montanha Puukeahiakahoe, as escadas de Haiku, também chamadas de “escadas para o céu”, foram construídas durante a 2ª Guerra Mundial pelos militares. Em 2003, elas foram reformadas, mas a visitação não é aberta oficialmente ao público, embora muitas pessoas as usem.
Raramente encontrado em todo o planeta, um gêiser é uma nascente termal que entra em erupção periodicamente lançando água quente. Mas o Gêiser Fly é ainda mais único, pois foi criado acidentalmente pelo homem, depois de tentativas mal sucedidas de perfuração de poços. A água quente começou a jorrar do chão e a solidificar por ser rica em minerais como cálcio e enxofre. A sua coloração se deve a algas que ali habitam e são resistentes a altas temperaturas.
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Situadas no lago mais profundo da América do Sul, o General Carrera, as Capelas de Mármore são um conjunto de túneis circundados por água de origem glacial. As cavernas vêm se formando há 12 mil anos, esculpidas pela erosão das águas e do vento.
Formando a maior planície de sal do mundo, o Salar de Uyuni é o resultado da evoparação de diversos lagos históricos, sendo coberto por uma crosta de sal praticamente nivelada em toda a sua extensão. No inverno, sua superfície fica totalmente branca e no verão vira um espelho que reflete o céu, devido ao degelo e às chuvas.
As águas do Caño Cristales, que passam pela Serra da Macarena, na Colômbia, são conhecidas como o “rio de cinco cores” e “arco-íris derretido”, pois, no seu leito, se reproduzem algas e plantas aquáticas coloridas, que produzem principalmente as cores vermelha, amarela, verde, azul e preta.
Essa paisagem que parece cenário de filme se dá no Monte Roraima, quando está rodeado por nuvens. Com diversas espécies de plantas carnívoras em seu planalto, o monte tem seu ponto mais alto na Venezuela, a 2,8 mil metros de altitude.
Com uma paisagem única, formada por um raro processo geológico, os Lençóis Maranhenses combinam dunas com lagoas de água doce do Rio Preguiças, ora verdes, ora azuis, e muitas vezes até com peixes.
Cerca de 40 mil colunas de basalto constituem a região conhecida como Calçada dos Gigantes, na Irlanda do Norte. As colunas poligonais se formaram através do resfriamento da lava de um vulcão que entrou em erupção há cerca de 60 milhões de anos.
O Parque Nacional Vatnajökull, na Islândia, é a maior geleira da Europa e suas cavernas de gelo são formadas apenas durante o inverno, quando os rios glaciais se retraem e a água congela. A cada ano, novas cavernas se formam em diferentes lugares da geleira.
No extremo norte da Finlândia, enormes árvores cobertas de neve durante o inverno ganharam o apelido de “sentinelas do Ártico”. Temperaturas abaixo de zero formam essa paisagem surreal, mas, com a chegada da primavera, as árvores descongelam e a região fica com um visual completamente diferente.
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Uma caverna de gelo de cerca de um quilômetro de extensão fica bem próxima do vulcão Mutnovsky, na Rússia. Um rio faz o seu trabalho de erosão, formando passagens com vistas inacreditáveis. A luz solar e os sinalizadores utilizados pelos visitantes refletem variadas cores nas paredes de gelo.
Situado no sul da Sibéria, o Baikal é, em volume, o maior lago de água doce do mundo. Durante cinco meses do ano, a superfície do lago congela e, por tratar-se de uma das águas mais límpidas que existem, formam-se gelos transparentes que parecem ser de cor esmeralda.
Pamukkale significa “castelo de algodão” em turco – uma forma criativa para descrever a bela paisagem formada pelas fontes termais. O local deslumbrante é um conjunto de piscinas de águas termais de origem calcária, que, com o passar de centenas de anos, foram se solidificando e formando bacias de água que descem em cascatas.
A planta nativa do arquipélago de Socotra, no Iêmen, impressiona por sua aparência única. Uma curiosidade é que a árvore, conhecida em inglês pelo nome de “sangue do dragão”, tem uma resina de cor vermelho-escura.
O Parque Geológico Nacional de Zhangye Danxia, no noroeste da China, traz uma paisagem difícil de acreditar que seja real. Suas formações rochosas coloridas são o resultado de arenito e outros minerais depositados ao longo de 24 milhões de anos. A ação de placas tectônicas e a erosão de ventos e chuvas ajudaram a formar a paisagem única.
A três mil metros de altitude, o condado de Yuanyang apresenta plantações de arroz que parecem quadros de pintura abstrata, mas que são, na verdade, o produto de trabalho de diversas gerações nessas terras, há mais de mil anos. O local tem seus terraços com diferentes cores no decorrer do ano, acompanhando o ciclo do cultivo.
O chá mais famoso da China é o chá verde Longjing ou Poço do Dragão, produzido à mão nos terrenos perto de Hangzhou. A temporada de colheita, entre o verão e a primavera, é uma das melhores épocas de visitar o local, quando centenas de trabalhadores colhem as folhas do chá.
O cenário surreal se intensifica com a iluminação artificial colorida dentro da Caverna da Flauta de Bambu, assim chamada por causa do bambu que cresce do lado de fora dela, usado por muitos para fazer flauta. A caverna, formada pela erosão da água, tem formação natural de pedras calcárias e conta com diversas estalactites e estalagmites.
As centenas de pilares de arenito que formam as Montanhas Tianzi ficam na região histórica e protegida de Wulingyuan, sendo seu ponto mais alto a 1,2 mil metros de altura. O local ainda conta com outros atrativos, como rios, piscinas naturais, quedas d’água, dezenas de cavernas e duas pontes naturais.
Tão integrada ao seu cenário, a Ponte dos Imortais parece ser uma formação natural rochosa, mas foi, claro, feita pelo homem e tornou-se hoje um dos maiores pontos turísticos do país. A ponte é a mais alta do mundo e, para chegar até ela, um dos caminhos é andar literalmente à beira do abismo, como mostra a imagem abaixo.
Em junho e julho, acontece a temporada de reprodução dos vaga-lumes, que enchem diversas florestas do Japão, formando esse cenário de conto de fadas. A luz, produzida quimicamente pelos insetos através do processo de bioluminescência, serve principalmente para a seleção dos parceiros.
Parece uma pintura de Monet, mas é um cenário real formado por um jardim de glicínias, uma planta trepadeira ornamental. As flores, de cores variadas, agraciam os visitantes com sua espetacular beleza durante a primavera neste jardim particular, que existe desde 1977.
Árvore nacional de Madagascar, o Baobá orna esta rua de terra, que fica entre as cidades de Morondava e Belon’i Tsiribihina, na região oeste do país. As árvores, que podem chegar até os 800 anos, são o que restou do que já foi uma densa floresta tropical, desmatada com o crescimento populacional.
O vulcão Dallol teve sua última erupção em 1926 e encontra-se numa região desértica que detém o recorde de maior temperatura média anual do mundo. A região é uma vasta área de sedimentos salinos, os quais são afetados por uma intensa atividade de emissão vulcânica de gases, que possivelmente ocorre a quilômetros abaixo do solo.
A vibrante cor rosa do Lago Retba se deve a uma bactéria que é atraída pela sua alta concentração salina. A bactéria produz um pigmento avermelhado enquanto absorve a luz solar e dá ao lago esse aspecto bastante raro.
O que confere o ar de conto de fadas às cavernas de Waitomo, na Ilha Norte da Nova Zelândia, é nada menos do que uma espécie de inseto exclusiva da região, a arachnocampa luminosa. Tanto a larva, quanto o animal na fase adulta são luminosos.
A vista pode ser bonita, mas o que a foto não traz é o cheiro de ovo podre que é sentido no local, devido aos compostos de enxofre exalados na atmosfera. Numa região vulcânica da Nova Zelândia, está a chamada “piscina de champagne”, composta por águas termais a 74º C, que borbulham com dióxido de carbono.