Por Sheila Almendros
Se você gosta de histórias medievais, castelos, paisagens inesquecíveis e um friozinho gostoso, prepare-se para colocar a Escócia em seu próximo destino de viagem. Veja alguns pontos turísticos interessantes para montar um roteiro caprichado e voltar com a bagagem recheada de cultura e boas recordações:
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Construído em cima de um extinto vulcão, o Castelo de Edimburgo é conhecido por ser supostamente mal assombrado, motivo esse que parece atrair ainda mais os cerca de 1 milhão de turistas, que passam pela capital escocesa. A sua estrutura já serviu de moradia para os primeiros reis e rainhas escocesas, e também como prisão militar e fortaleza. Hoje é a principal atração turística da Escócia.
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Pertinho do Castelo de Edimburgo há o Hollyroodhouse, ou para os mais íntimos, Palácio de Hollyrood, construído para servir de monastério, depois como moradia para alguns reis, como a Rainha Mary. Atualmente está aberto para visitações, exceto quando a família real do Reino Unido está pela Escócia (geralmente algumas semanas no verão europeu).
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Toda a trama de William Wallace contada no filme Coração Valente, é na verdade, a história parcial deste castelo, também construído em cima de um vulcão inativo, e ao visitá-lo, você ainda conhece Robert the Bruce, Rob Roy e a rainha Mary, outros personagens reais e que foram tão importantes quanto William. Os passeios guiados para Stirling saem de Edimburgo ou Glasgow.
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Próximo de Stirling há o deslumbrante Loch Lomond, pertencente ao Trossachs National Park. Você pode aproveitar o local de algumas maneiras: fazendo uma trilha (a ida e volta costuma ser de uma hora e meia), caminhando pela beirada do lago ou somente curtindo a paisagem pela janela do pub próximo ao estacionamento.
Criado em 1670 por dois médicos que cultivavam plantas medicinais, o Jardim Botânico de Edimburgo ainda funciona como um centro experimental e de conservação da natureza. São 28 hectares subdivididos por tipos distintos de vegetação, e as áreas mais visitadas por turistas são o Jardim Chinês, o Jardim Comemorativo da Rainha Mãe, o Jardim Arvorado e o Jardim da Roca, fora a estufa com suas 2.400 espécies de plantas.
Localizada em The Mound, a galeria exibe muitas das obras de arte da pintura ocidental desde o Renascimento até o Pós-impressionismo, espalhadas pelos seus três andares em paredes de cores impactantes. Nomes como Velázquez, Rembrandt, Rubens, Van Gogh, Monet, entre outros artistas estão presentes na exposição. O edifício foi construído por William Henry Playfair no elegante estilo neoclássico e foi inaugurado em 1859.
Logo ao lado da galeria há a Prices Street, acompanhada do parque batizado de O jardim da Princes Street, responsável por separar a cidade velha da cidade nova. Esta área verde foi construída em 1820 em cima do que já foi o lago mais importante de Edimburgo: o Nor Loch. Apesar de ser muito frequentado durante todo o ano, é próximo ao Natal que o local fica mais bonito com a chegada do Winter Wonderland, com pista de patinação, alguns brinquedos e uma imensa roda gigante.
O monumento erguido em homenagem ao Sir Walter Scott, o mais famoso e respeitado autor escocês, fica na Prices Street Gardens, e sua construção gótica vitoriana pode ser contemplada não só do lado de fora, como também por dentro, subindo os seus 287 degraus íngremes e em espiral. As 64 estátuas de personagens dos livros de Scott estão espalhadas por seu interior, expostas entre as plataformas de observação em diferentes níveis.
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Lançado pela Rainha Elizabeth II em 1953, este foi o navio responsável por transportar a família real ao longo dos seus 30 anos de atividade. Desde 1997 ele está aposentado e hoje está ancorado no Terminal Edimburgo como um navio museu, e descrito como “um palácio sobre as águas”. A visita guiada está disponível também em português.
O verdadeiro museu do Whisky deve ser visitado pelos amantes da bebida e seus simpatizantes. A tour inclui conhecer a área de produção da bebida, sua execução e degustação ao final do passeio. Disponível também em português.
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Usado como cenário do filme Hamlet, de 1990, o Castelo de Dunnottar foi construído no século XIII sobre um rochedo a beira-mar, com o intuito de defender a costa escocesa de navios invasores. Hoje ele está em ruínas, e pode ser acessado através de uma trilha. A vista é paradisíaca e faz valer a pena as duas horas de viagem partindo de Edimburgo.
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Para ligar os canais Union e Clyde e seus 24 metros de desnível (equivalente a um prédio de 8 andares), a British Waterways se juntou com outras instituições parar criar uma espécie de elevador rotativo, possibilitando assim que as embarcações transitassem entre os canais sem ter que demorar um dia para chegar até o alto. Você pode entender melhor o seu funcionamento neste vídeo aqui, ou melhor ainda, indo até lá ver de pertinho!
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As ruínas do terceiro ponto turístico mais visitado da Escócia está aberta a visitação, mas antes de iniciar a tour, é fundamental que você perca um tempinho assistindo ao vídeo de introdução sobre a história do castelo. Assim o seu passeio se tornará muito mais imersivo! E aproveitando a viagem, vale a pena aproveitar para conhecer um outro ponto logo ao lado e muito conhecido, o famoso…
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Quem nunca ouviu falar sobre a lenda de um misterioso monstro que surgiu nas águas do Lago Ness!? A verdade é que a melhor vista do lago, sem dúvidas, é de dentro do próprio castelo, sem nada para atrapalhar, e você ainda pode levar o tempo que quiser para apreciar a vista.
Como o Lago Ness fica nos Highlands da Escócia, uma espécie de região rural, é aconselhável alugar um carro para ir até lá.
Além de seu incrível projeto arquitetônico (que também pode ser considerado como uma atração do museu), o edifício ainda conta com uma mostra de mais de três mil peças relacionadas ao mundo da moda, transporte e viagens. A atração fica em Glasgow e atrai tanto adultos como crianças.
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Há quem diga que este museu da ciência é voltado para crianças e adolescentes, mas muitos adultos se interessam pelas atrações interativas e pequenos shows apresentados por lá. Há uma área gratuita e outra paga do museu, e dá para perder umas boas horas sem nem notar o tempo passar.
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O museu fica dentro do Parque Glasgow Green, e conta os fatos mais importantes da história da cidade, como a evolução do turismo, comércio, industrialização, grandes guerras até a ligação de Glasgow com Nelson Mandela. O ponto alto do passeio é curtir um belo café escocês em um de seus jardins.
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Esta extinta aldeia da era neolítica fica na Baía de Skaill, e por conta da escassez de madeira na região, seus moradores tiveram que construir suas casas nas depressões da ilha, com placas de rocha. Mas o clima era tão úmido e frio que a vila foi abandonada em 2.500 a.C. Em 1850, rolou uma tempestade muito forte em Skara Brae, suficiente para expor as edificações que já tinham sido encobertas pela vegetação. Desde então a aldeia foi estudada e restaurada para receber turistas do mundo inteiro e tornou-se Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1999.
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Mais um passeio entre ruínas para adicionar em seu roteiro. Esta foi uma das quatros abadias de fronteira, construída em 1136 pelo rei David I da Escócia, e foi quase destruída nas guerras de Independência.
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Um lugar repleto de magnitude, situado na Ilha de Skye, em Portree. Você pode desbravar o local fazendo uma longa e prazeirosa caminhada, ou subir de carro. A vista é maravilhosa em qualquer estação do ano, mas rende boas fotografias do nascer do sol no verão. Vá agasalhado e com tênis apropriado para caminhadas.
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Durante a idade média, a Catedral St Andrews era considerada a maior e a mais esplêndida das catedrais da Escócia, e também a mais importante, já que reza a lenda que os restos mortais de St Andrews, padroeiro do país, foram depositados por lá no século VIII. Hoje o local é apenas uma imponente ruína, e toda a sua história pode ser conhecida no St Andrews Museum.
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Inaugurado em 1901, o viaduto se tornou muito popular depois de aparecer em um dos filmes da saga Harry Potter (O Expresso de Hogwarts passava por lá, lembram?). O trem Jacobite, que serviu de inspiração para a criação do trem usado no filme, faz uma tour linda pela região de Highlands, além de uma vista incrível de Loch Shiel e Glenfinnan Monument.
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Situado na cidade de Dundee, em Angus, o Castelo de Glamis foi o local onde a Rainha Elizabeth passou a sua infância. Nos contos literários, era o lar de MacBeth, personagem criada por William Shakespeare. Também é um dos castelos considerados mal assombrados pelos escoceses, e hoje serve como residência do Conde e da Condessa de Strathmore, sendo parcialmente aberto ao público.
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O verdadeiro castelo Eilean Donan foi totalmente destruído durante uma rebelião no século XVIII, mas uma réplica fiel foi construída em seu lugar e hoje serve para abrigar grandes eventos de luxo e também usado como cenário para filmes. Está localizado em uma região montanhosa nos nos Highlands de Escócia, precisamente em Loch Duich, e pertence ao clã Macrae.
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O Castelo de Balmoral foi comprado em 1852 por Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, marido da rainha Vitória do Reino Unido, e apesar de pertencer a família real, não é uma propriedade que faz parte da Coroa. Mesmo sendo utilizado no verão pela família real, o edifício é aberto para visitação. Sua localização é em Royal Deeside, Aberdeenshire.
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A ponte foi construída próximo a um vilarejo de North Queensferry, e é considerada um contraponto a toda a atmosfera histórica da Escócia, por ter uma arquitetura um tanto quanto futurista. Além de dar uma espiada na ponte, não deixe de experimentar a Fish and Chips servida por um estabelecimento bem em frente ao monumento.
Mesmo que a Escócia tenha uma enorme infraestrutura ferroviária que cobre grande parte do país, a experiência se torna muito mais completa e funcional alugando um carro, para poder percorrer todos os lugares listados sem grandes preocupações. E prepare-se para voltar desta viagem cheio de histórias para contar!