Por Bruno Mendes
Instigante vastidão dos desertos, altas montanhas, suntuosos monumentos, cultura rica e exótica em seus vários exemplares: estas são algumas das características atraentes do Marrocos, esse país MUITO interessante, localizado no noroeste da África.
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Barato se comparado a outros destinos turísticos das Américas, Ásia e Europa, o país africano também é contemplado por belíssimas paisagens naturais, agraciadas por florestas, lagos e cachoeiras, e em cada esquina de seus recantos urbanos, apresenta marcas de uma arquitetura tradicional, tão evidente em um local de enorme relevância histórica.
É claro que é você quem manda no roteiro de viagem – e é SEMPRE justo incluir opções surpresas, muitas vezes escolhidas de última hora -, mas o Viajali dá uma mãozinha, indicando 11 lugares muito especiais.
A cidade de Quarzazate, identificada por muitos como “porta do deserto”, é um desses lugares repletos de atrativos turísticos e que dificilmente dá para conhecer tudo em um ou dois dias. Nem pense em deixar de passar alguns momentos no Kasbah de Taourirt, mercado situado na região central, e também visitar o exuberante museu Museu Kasbah de Taourirt.
Por lá também há importantes estúdios cinematográficos – foram gravadas cenas de filmes famosos como Gladiador , Lawrence das Arábias e Kundun- o oasis Fint e o viajante que desejar caminhar por vias com a finalidade de conhecer um pouco do dia a dia da população, pode ir ao bairro Tassoumaat e observar as crianças brincado na rua e as ovelhas andando perto do rio.
A miscelânea cultural e a atmosfera exótica predominam em Marraquexe, mais um dos ditos, destinos obrigatórios em Marrocos. Conhecida como “terra de Deus”, a terceira maior cidade do país tem várias mesquitas e palácios. A labiríntica Medina – cidade fortificada construída em 1071 – possui 23 portões e algumas ruazinhas bem estreitas, ou seja, é um passeio ideal para o visitante sentir-se, por algum momento, em outro período histórico, além de observar o movimento e até fazer compras em algumas das lojas.
Passear pelos souks, tradicionais mercados que ‘vendem de tudo’ também é uma boa sugestão para o viajante comprar peças interessantes e também embarcar na cultural marroquina de maneira honesta. Uma dica: lá a ordem é pechinchar, a negociação é bem característica na população local, então insista em precinho camarada, tudo bem?
É impossível deixar de lembrar de um dos filmes mais românticos de todos os tempos ao comentar sobre Casablanca, considerada a capital econômica e a maior cidade do Marrocos. Saindo um pouco das mostras urbanas mais tradicionais e rústicas, a cidade tem edifícios modernos e muitos de construção influenciada pela Art-Decó francesa.
O visitante, contudo, poderá conhecer mesquitas: uma delas, a Mesquita Hassan II, tem o maior mirante do mundo( 210 metros de altura) e o Morocco Mall, um dos mais completos completos centros comerciais do planeta. Deu para perceber que a cidade sabe exibir grandeza, mas as pequenas e apaixonantes nuances também marcam presença.
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Situada na costa atlântica do Marrocos, a cidade El jadida teve seu trecho murado construído por portugueses no início do século 16 e hoje pode ser apreciada de perto por todos que amam esse contato com o passado. A cisterna portuguesa é um dos monumentos que tem maior valor histórico da cidade e impressiona pelas características arquitetônicas.
A cidade também possui praias muito boas para o turista que deseja descansar e mergulhar! É super justo alternar as diferentes atividades de lazer, concorda?
Por ficar localizada no deserto do Saara, a aldeia de Merzouga é muito procurada por turistas com a curiosidade de apreciar e caminhar pelas intermináveis montanhas de areia fina, afinal está próxima da região de Erg Chebbi, que tem a principal cadeia de dunas do Marrocos.
Olha que não são poucas as possibilidades de lazer no deserto: é viável fazer excursão por veículos 4×4 ou camêlos, tomar banhos de areia com proposta terapêutica e até acampar.
A capital e segunda maior cidade marroquina tem cerca de 1 milhão e 700 mil habitantes, e é dividida pela parte que conserva as tradições arquitetônicas e culturais e a moderna, que tem metrô de superfície, salas de espetáculos e equipamentos urbanos tão comuns nas principais metrópoles do planeta.
É recomendado passear pelo centro histórico – reverenciado como Patrimônio da Humanidade – fazer compra nos famosos mercados e, como não poderia deixar de ser, conhecer a medina local. Não se engane: Marrocos tem muitas cidades muradas, mas cada uma delas tem suas peculiaridades, portanto, você não irá achar o passeio repetitivo.
O turismo é a principal atividade econômica de Tinghir, um cidade contornada por palmeiras verdinhas, com ruelas e casebres bem peculiares e muito perto das famosas gargantas( ou desfiladeiro) de Todra, grandes cânyons, localizados nas proximidades do rio Todra.
Todos os anos, turistas de todos os continentes partem partem para as gargantas, com o intuito de aproveitar o que há de melhor no turismo de aventura: a região é ótima para escaladas e trilhas.
Definitivamente não é uma má ideia levar a prancha de surf para o Marrocos, caso a pequena vila de pescadores de Taghazout, esteja inclusa na sua programação. A praia – que também pode ser apreciada por quem não domina o esporte – tem mar com excelentes picos, para profissionais ou iniciantes.
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Lugar ideal para quem deseja distÂncia de centros movimentados, barulhentos e poluídos, pois a ordem aqui é relaxar, curtir o barulho do mar e a maresia. Em cima da prancha, ou não.
As cascatas de Ouzoud ficam na parte central do Marrocos, e é um ponto de óbvia beleza ( carreguem as câmeras e se for aprova d’água, melhor ainda). Fuga perfeita para quem gosta de mergulhos, pois são formadas piscininhas naturais no final das quedas d’águas.
Olha só essa observação. É evidente que as enormes cachoeiras e todo o cenário verde evidenciam um atrativo natural impecável, mas há um quê de artificialidade, pois na parte superior da montanha, existem canais que desviam a água para moinho em funcionamento. Nada que minimize o protagonismo da natureza, lógico!
Há alguns anos a cidade de Fez, situada ao norte, passou a fazer parte do roteiro turístico do Marrocos. Entre as mais de 780 mesquitas e as tradicionais medinas, com seus centros de comércio e ruelas, o viajante poderá conhecer o palácio real e as exuberantes lojas de artesanato.
A parte mais moderna de Fez contempla cafeterias, restaurantes e bares, mas em razão da religião muçulmana, não é permitido ingerir bebida alcoólica. É recomendado fazer o passeio com um guia para que sejam evitados perrengues.
Caminhar pelas Montanhas do Atlas – principais cadeias montanhosas do país – é ter a chance de imergir em um clima de paz e calmaria e ao mesmo tempo observar paisagens memoráveis. O viajante ainda terá a oportunidade de conhecer um pouco da população Berbere, que vive nessas regiões de altitude elevada.
O pico mais alto da cadeia é o Jbel Toubkal(4164 metros) e a subida somente é recomendada para aventureiros com muita experiência.
Pelas Medinas, desertos e montanhas, Marrocos releva-se múltiplo e surpreendente. Como viajar é uma das melhores formas de adquirir conhecimento, não perca essa oportunidade!