Por Bruno Mendes
Atualizado em 22.12.22
Dimantina é uma pequena cidade mineira que já nas vias de paralelepípedo e pedra, revela sua importância histórica. Localizado a cerca de 300 quilômetros de Belo Horizonte e detentor do título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, o pequeno recanto mineiro esbanja um charme bucólico perfeito para temporadas de lazer relaxantes e tem excelentes opções gastronômicas, como não poderia deixar de ser em Minas Gerais.
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Construído no início do século 18, em região de muita extração de diamantes, o município recebe em torno de 3 milhões de turistas todos os anos e também revela belezas naturais de tirar o fôlego a curta distância do centro histórico, ou seja, não será nada difícil sair dos museus e restaurantes para tomar um banho de cachoeira e depois voltar.
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São as ruas contornadas por casas centenárias,em que muitas das quais funcionam restaurantes, bares, bodegas, agências bancárias e hotéis, que a maioria dos visitantes tem o hábito de passear por diferentes momentos do dia. A rua da Quitanda, em Diamantina, é essa via agradável que vive movimentada de moradores locais e turistas.
A rua também recebe alguns eventos anualmente, como por exemplo, o Concerto da Vesperata, quando músicos muito bem trajados tocam músicas das varandas das casas para o público que assiste nas ruas. O evento, na maioria das vezes, acontece de Março a Outubro em dois sábados de cada mês.
O passadiço, ou Casa da Glória, talvez seja a construção mais representativa de Diamantina e, ainda que não exista precisão histórica, a estimativa é de que foi erguida entre 1755 e 1800. O prédio de curioso aspecto já teve diferentes serventias: pertenceu à igreja e foi morada de bispos, funcionou como educandário feminino e orfanato, um instituto alemão(Eschwege) e também já fez parte da Universidade Federal de Minas Gerais.
Hoje o local é sede do Instituto Casa da Glória ( ICG ) e oferece abrigo a estudantes para pesquisas de campo na área da geologia. As áreas fora dos alojamentos podem ser visitadas.
Mesmo que seja óbvio é justo conferir destaque às indicações gastronômicas quando há referência à qualquer cidade mineira. E é lógico que se você parar em diferentes bares e restaurantes de Diamantina será muito bem recebido e provará deliciosos pratos, mas o restaurante O Garimpeiro – situado na Pousada do Garimpo – é uma referência não apenas na cidade, mas em todo o Estado de Minas.
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Certamente essa imagem acima terá mais serventia que palavras para convencê-lo à provar alguma das delícias, mas se quiser dicas, não deixe de saborear o Chico Angu( carne moída com quiabo picado) ou a famosa costelinha de porco com feijão carioca e couve. Ah, segue firme nas sobremesas, que você não irá se arrepender!
O ex presidente Juscelino Kubitschek consta como o morador mais famoso de Diamantina, e a ‘Casa de Juscelino'( onde ele morou com mãe após o falecimento do pai) hoje abriga um museu com objetos pessoais.
O espaço tem dois casarões e ha painéis que contam a historia de Juscelino, documentações, notas escolares, cômodas e armários que provavelmente foram construídos pelo bisavô, quadros, instrumentos musicais e até um bar com algumas fotos de Jk. Na área externa há um pé de jabuticaba em que, segundo relatos, ele gostava de brincar na infância.
Localizado a apenas 3 quilômetros da região central de Diamantina, o Parque Estadual do Biribiri foi criado em 1998 e é uma área composta por cerrado, matas de galeria e campos rupestres, onde podem ser encontrados exemplares diversificados e preservados da fauna e da flora.
O Parque tem lindas cachoeiras – como a Cachoeira dos Cristais e a Cachoeira da Sentinela – com formação de piscininhas ótimas para banhos e dispõe de espaços para trilha, e vestígios que datam da época da exploração de ouro e diamante na região.
Erguida no centro histórico de Diamantina em 1830( a construção teve início em 1766), a igreja barroca e com elementos rococó São Francisco de Assis é um dos marcos históricos da arquitetura de Minas. É recomendado subir até as torres dos sinos e contemplar a belíssima combinação de ouro e madeira do altar.
O Mercado do Tropeiros também é conhecido como Mercado velho de Diamantina e nos tempos antigos era o ponto de comércio de escravos. Hoje felizmente o lugar sedia realizações de cunho positivo, como festividades no carnaval, feiras de fruta, artesanato e, é claro, há barraquinhas para o visitante saborear alguns petiscos mineiros, feijão tropeiro, pastéis, caldos e tomar aquela cervejinha gelada.
Se aos sábados pela manhã o local enche de famílias, os notívagos baladeiros podem apreciar as atrações musicais que hora ou outra acontecem por lá.
A gruta de Salitre, que chama a atenção do visitante por seu aspecto imponente, já foi cenário de produções televisivas( séries, filmes, novelas) e até ponto de realização de concerto. Formada de quartzo e situada a aproximadamente 9 quilômetros de núcleo urbano de Diamantina ( viu como as ‘atrações naturais’ são perto da cidade?), ela é dividida em espécie de grandes salas, cujas paredes são os cânions.
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Turistas de todo o planeta visitam o local para apreciar e fotografar a vida silvestre e também com o objetivo de praticar esportes radicais como o rapel.
Olha só como a estreitinha rua do Amparo é charmosa, ainda mais porque ela é agraciada pela Catedral Imperial de Nossa Senhora do Amparo, uma igrejinha com fachadas adornadas por madeira, que foi inaugurada no século 19 e hoje sedia a Festa do Divino, muito conhecida em Diamantina.
Chica da Silva foi uma mulher que deixou de ser escrava após relacionar-se com um poderoso contratador de diamantes, e dessa forma, ganhou status e projeção social, que até o momento era inexistente para pessoas negras. A antiga casa de Chica foi inclusa na lista das Belas Artes brasileiras pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional em 1949, e possui algumas sacadas, um belíssimo jardim-pomar e uma exposição permanente do artista Marcel Ávila.
Detalhe: das sacadas do casarão é possível apreciar a Igreja Nossa Senhora do Carmo, construção que Chica financiou para que os escravos pudessem rezar.
Esse talvez seja o melhor dos passeios para fazer em Diamantina para quem tem ímpetos aventureiros e disposição para longas caminhadas. O Caminho dos Escravos – muito conhecido também como Estrada Real – é um caminho de pedra por onde antigos tropeiros viajavam em razão de trabalhos com a exploração de minérios e diamantes. Hoje, 20 quilômetros desse percurso pode ser feito por uma trilha no sentido Diamantina – Medanha.
É importante ressaltar que não existem lugares que vendem alimentos no trajeto, então, o trilheiro deverá levar comidas e água na mochila, em quantidade suficiente para uma caminhada que pode durar até 7 horas. No mais, sinta o ar puro e contemple a paisagem mineira, sem pressa. É tudo muito bonito!
Apesar do nome, o Museu do Diamante tem acervo diversificado, e é o lugar perfeito para o viajante compreender, por intermédio da apreciação de objetos, o progresso histórico da cidade de maneira completa.
Há replicas de diamantes, objetos usados no garimpo, pedras preciosas e também salas com esculturas de arte sacra, instrumentos utilizados para torturar os escravos, móveis, máquinas de escrever e muitos exemplares de uma cidade que exemplifica muito bem o que foi o Brasil no período colonial e na época do império.
Para você que gostou de Diamantina e quer mais ou então pretende fazer uma tour pelo maior estado do sudeste, o Viajali té dá uma mãozinha: dá uma olhada nessas cidades legais para conhecer em Minas Gerais e faça as malas para ontem!